terça-feira, 27 de outubro de 2009

A Ferrari está chegando


Queria ter escrito sobre isso antes, mas o meu computador está que nem o Victor: teoricamente é o melhor, mas na hora que mais se precisa dele, acaba falhando. No entanto, os milhares de leitores desse blog devem estar inquietos, carentes do meu comentário sobre o clássico Gre-Nal do domingo.

Foi uma baita festa, um grande jogo de futebol onde o melhor venceu. Se não jogou o esperado, se perdeu chances, se isso, se aquilo não me interessa, continuo com o mesmo raciocínio do início do campeonato: o que vale são os três pontos. O resto, como diriam os BBBs, é coisa da edição.


E esses pontos são especiais, pois ganhar um Gre-Nal é como ganhar um campeonato. É da rivalidade, não adianta. A flauta é direta, a alegria é completa, enquanto um ganha o outro perde. E esse ano foram cinco vitórias coloradas em seis jogos disputados. É no clássico que alguns jogadores que andavam meio apagados voltam a brilhar, e alguns que eram tidos como imbatíveis falham.

Mas o melhor é o clima do torcedor. Ao meu lado, no Beira-Rio, estava um senhor que chorava antes de começar a partida. Era o nervosismo pré-clássico. Conversei um pouco com ele, que logo me apresentou seu filho, chamado Larry, em homenagem ao ídolo colorado Larry Pinto de Farias, que jogou no Internacional de 1954 a 1962, consagrando-se como grande goleador do Rolo Compressor e autor do primeiro gol no estádio Olímpico em vitória do Inter por 6 X 2 com 4 gols dele. 

Para alguns pode parecer doença, mas isso é fanatismo, é torcida, é um sentimento indescritível. No fim do jogo procurei pelo torcedor novamente. Estava sentado, sozinho, enquanto a torcida ía deixando o Beira-Rio. Chorava novamente, dessa vez de emoção, e mormurava algumas palavras que não entendi, mas me pareceu que tentava cantar os hinos da torcida de forma completamente confusa. Dei um abraço nele, que me retribui com um beijo no rosto, acompanhado da frase: "Acho que vai dar!"

Sim, esse Gre-Nal se tornou mais especial ainda porque mostrou que o Inter está vivo na disputa do Brasileirão. Agora a coisa vai incendiar. E como bem definiu o técnico Mário Sérgio, o motor da Ferrari roncou. E quem está na frente, sente um tremor nas pernas quando vê o carro vermelho chegando pelo retrovisor.


Que venham os próximos. A torcida colorada espera ansiosamente por este presente de 100 anos.

Falei! 

2 comentários:

  1. A Lú também se emocionou com o pai do Larry!
    Vamos meu inteeer!

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  2. O dia 25/10/2009 foi um tanto quanto especial para mim.
    Havia algum tempo que eu não ia a Porto Alegre, mais tempo ainda que eu não assistia à um jogo do Inter e muito mais tempo que não presenciava uma vitória do Inter em um Grenal!!!! O último que fui o Inter perdeu de 2x0... rsrsrr!! E não só por isso foi especial, foi especial porque eu estava em POA para comemorar meu aniversário (24/10) e de presente ganhei a vitória do Inter, uma baby look oficial, um boné e reencontrei um amigo muito, mas muito especial!! Meu T.D.M.X favorito que me deu o abraço mais gostoso!! Não vejo a hora de voltar a POA para sentarmos num barzinho e esquecermos a hora batendo papo, dando risadas, curtindo uma gelada, bem gelada!!! Beijão amore!! Você mora no meu coração!!!

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