terça-feira, 29 de setembro de 2009

Overdose de informações

Na minha última ida ao supermercado tive muita dificuldade de escolher um creme dental para comprar, tamanha a variedade existente. São dezenas de nomes, tipos e sabores. Só não sei muito bem para que serve cada um deles.


Sim, eu me dei ao trabalho de anotar que a Colgate pode ser Professional Whitening, Professional Sensitive, Professional Clean, Advanced Fresh, Clean Mint, Max Fresh Cool Mint, Max Fresh Clean Mint, MaxWhite Kiss Me Mint (essa é ótima), MaxWhite Crystal Mint, Sensitive Multi Proteção, Sensitive Original, Sensitive Branqueador, Herbal Branqueador , Bicarbonato de Sódio, Ultra Branco, Tripla Ação Hortelã, Tripla Ação Menta Original, Tripla Ação Menta Suave. Ufa. Mas ainda tem a Colgate Shrek, Barbie, Bob Esponja, Baby Barney e Tandy.


A Sorriso, que aparentemente é mais simples, também se divide nas categorias Fresh Plus Gel, Tripla Refrescância, Whitening Explosion, Dentes Brancos, Super Refrescantes e Herbal. Cada uma dessas conta com vários sabores e cores.


A Close Up tem as linhas White Now, Triple Max, Active Gel, Couble Fresh, Whitening Xperience, Extra Whitening, Triple e Liquifresh. E vou parar por aí, senão eu passava o mês no mercado anotando nomes, tipos e subtipos.


Agora eu pergunto? Para que mesmo as pessoas utilizam cremes dentais? Que eu saiba, todas as pessoas que escovam os dentes, TODAS, querem proteção, bom hálito, evitar as cáries e ter dentes brancos. Ninguém procura um creme dental que deixe os dentes amarelos ou menos protegidos. Mas no fim, o risco pode ser até de uma overdose de informações, tamanha a quantidade de tipos de creme dental.


E pensar que todo mundo viveu tantos anos tendo o Kolynos como única opção...


Falei!



Orgulho brasileiro

Despido de qualquer posicionamento político, preciso comentar o orgulho que senti de ser brasileiro ao ver o presidente Lula no centro das atenções (e da foto) do G20, o fórum que a partir de agora reúne os países mais importantes do mundo.

E o meu orgulho não é só por ser o Lula, mas também por ser o Lula, em quem sempre votei e acredito. É muito simbólico, pois esse é justamente o presidente que sofreu todos os tipos de preconceitos - por não ter curso superior, por não falar inglês, por ser nordestino, por não ter um dedo e por aí vai - e que se firma como um dos mais importantes líderes mundiais.

Mas por outro lado, o orgulho é nacional mesmo, pois o Lula deixará de ser presidente e o Brasil continuará na mesa de discussões, com outros ou outras governantes. E nós brasileiros nos acostumamos com uma visão que nos automenosprezava. Daí vem a cultura de valorizar tudo que vem de fora, de reafirmar os aspectos negativos do Brasil. Agora as coisas se mostram diferentes. Dívida externa e FMI são coisas do passado, o presidente americano se aconselha com o brasileiro e o Brasil passa a ter outros símbolos além do futebol, das praias, do samba e da bunda das mulheres.

Agora o estado brasileiro também é um símbolo para o mundo. E isso me orgulha muito como brasileiro.

Falei!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

É primavera

A estação das flores chegou. Para a maioria pode parecer uma bobagem. Mas para quem sofreu com um inverno rigoroso no Rio Grande do Sul, a troca da estação tem um outro gostinho. As pessoas estão mais alegres, as ruas mais cheias, a vida mais colorida. Essa é a explicação para os bares de Porto Alegre estarem lotados numa noite de terça-feira. As pessoas estavam brindando a nova estação.

Por mais que os alérgicos como eu sofram com a estação das flores e a sua polenização, não há comparação. Tudo fica mais feliz. Os dias começam a ficar mais longos, as pessoas andam mais na rua, começam os planos de férias e o melhor, podemos aposentar os casacos, mantas, tocas, luvas e todos aqueles acessórios que nos fazem parecer astronautas na rua.

Eu gosto muito mais do verão. Mas considero a primavera bem melhor que o inverno. Por isso também brindo a sua chegada.

Falei!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Saudades dessa garra

Faz tempo que não escrevo sobre futebol. Na verdade falta motivação. Mas na rodada desse fim de semana me reencantei e decidi escrever. E essa motivação infelizmente não veio do meu time, que perdeu mais uma vez em uma atuação apática e perdida, mas de uma dupla de jogadores que passei a admirar jogando com a camisa colorada.

A vitória do Goiás sobre o Corinthians por 4 a 1 em pleno Pacaembu teve a marca de dois craques que não têm nada de novos, são bem experientes. Mas o mais marcante na atuação de Iarley e Fernandão é liderança e a motivação que eles exercem na equipe. Foi essa garra que atropelou Ronaldo, Mano, Dentinho e os 35 mil corintianos que estavam no estádio.

O Goiás ganhou mais uma vez, mas essa vitória tem a digital dos dois jogadores. Eles comandaram, lideraram, jogaram, marcaram gols e fizeram toda a diferença. Eu tive a honra de ver esses dois mesmos jogadores fazendo o mesmo com a camisa colorada. Saudades desse tempo. Saudades dessa garra.

Falei!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Opção "Odiar"

7h30 da manhã. Todos os dias, extamente nesse horário o meu celular desperta ao som do Cartola, que me acorda com o verso: "Alvorada lá no morro que beleza, ninguém chora não há tristeza, ninguém sente dissabor...". Tenho duas opções: "Adiar" (que significa mais 15 minutos de sono) ou "Cancelar" (nesse caso é pular da cama imediatamente, sob o rico de pegar no sono de novo e acordar somente às 10h).

Geralmente eu aperto em "Adiar", mas não para dormir mais 15 minutos, mas porque leio ali a palavra "Odiar". Não sou preguiçoso, não sou vagabundo e não gosto de passar o dia dormindo. Ao contrário, em dias como o de hoje, de sol e temperatura amena, até gosto muito de acordar cedo. Mas não na hora que o despertador do meu celular determina, não na hora que o galo ou o Cartola canta, mas na hora que meu relógio biológico resolve despertar. Odeio despertador. Odeio essa imposição. O que adianta acordar cedo e passar o dia com sono?

Fico pensando como tudo seria melhor se não fosse a ditadura dos horários. Repito, não sou vagabundo, mas trabalho com pensamento, com ideias, com criatividade, criação... enfim, a cabeça tem que estar boa para pegar no tranco. Depois vai. Já trabalhei 10, 12, 15 e até 20 horas por dia, sem exagero. Mas a disposição não é programada como um relógio. Ela começa a surgir a partir do momento em que está tudo bem com a pessoa, com o corpo e a mente.

Sei que nada mudará com esse post. Meu despertador continuará fazendo o Cartola cantar ao lado da minha cama amanhã às 7h30 pontualmente, para eu "Adiar", "Cancelar" ou "Odiar", mas seria muito melhor começar a funcionar no horário que a cabeça acorda e não na hora em que o corpo é obrigado a acordar.

Falei!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O verdadeiro fim

Na verdade o fim da novela não seguiu a minha profecia. Se tivesse seguido seria bem mais interessante. Mas foi mais um daqueles finais que atropela tudo.

Os Ananda sairam do armário total e jogaram a tradição no Ganges, com uma corda no pescoço. Depois do beijo no dalitznho e do perdão a Maya, só faltou a Surya dizer que era travesti e todo mundo pedir pra ela cantar I will Survive...

O Zeca regenerado daquela forma também foi bárbaro. Essa Lucinha Araújo tem mais poderes que Lord Ganesha.

O Lima Duarte passa a novela toda sofrendo por não ter família. Quando descobre que tem mulher e filho (mesmo que a mulher seja a Laura Cardoso), resolve mendigar. E pagar peitinho na TV em horário nobre, com megahair na careca. Um homem dessa idade...

O Márcio Garcia é o primeiro protagonista da história da teledramaturgia brasileira que no último capítulo (de duas horas, diga-se de passagem) aparece somente por 10 segundos e sem abrir a boca. Não favoreceram ele nem num flashback daqueles.

E a Yvone e safou. Mais que a Surya. Cara, essa é a novidade. A vilã não morreu e nem se deu mal. Na verdade, parece que ela vai formar dupla sertaneja com a Flora e as duas vão cantar Beijinho Doce pelo interior do Brasil.

Mas falando sério, o Bruno Gagliasso matou a pau. O único que fez valer a tal emoção do último capítulo.

Agora chega de novela. Hora de voltar pro futebol.

Falei!

Tudo sobre o fim da novela, em primeira mão

Hoje é uma daquelas noites que a maioria do Brasil para na frente da TV. Com exceção dos intelectuais fanáticos que acham que novela é coisa de fútil – o que acho um preconceito bobo – os demais brasileiros querem saber o final de Caminho das Índias.


Após uma pesquisa detalhada, conversas em off com várias fontes do Projac e muitas twittadas com a Glória Perez, vou revelar aqui em primeira mão o destino dos principais personagens:


Cansada da rejeição sofrida na Índia, em especial por Raj e Bahuan, Maya vai se mudar para o Brasil. Como se tornou Celebridade por aqui, vai assumir a identidade de Jaqueline Joy e curtir a fama no Rio de Janeiro. Raj vai enfiar o Pé na Jaca e virar irmão coadjuvante do Marcos Pasquim na novela das sete. Já Bahuan, cansado do desprezo com os dalits, chega a ser michê antes de se tornar apresentador de programa para Gente Inocente.


Após descobrir que é filho de Sassá Mutema, o conservador Opash vai revelar que na verdade nunca foi indiano, mas sim grego. Ele vai se casar com a mãe da Surya, que vem a ser neta da Bea Falcão, e vão morar na Grécia. Desolada, Indira se muda para o interior do Brasil e assume a identidade de Viúva Neuta. Ela vai adotar o esquizofrênico Tarso que vai sair do armário e revelar que nunca foi louco, mas sim gay. Desolada, Tônia vira cantora de seriado adolescente.


Na família Cadore, muita coisa vai acontecer também. Ramiro resolve dar o troco em Raul e limpa o cofre da empresa. Após uns conselhos com Yvone, adota a identidade de Carlos Pantaléon Camacho e vai morar numa ilha caribenha chamada Kubanacan. Sem marido, sem filho e sem dinheiro, somente na companhia das suas célulazinhas, Melissa se muda para a América e passa a cometer pequenos furtos, agora com a identidade de Haydée para não ser descoberta. Inês abandona o estilo bizarro de se vestir e vai virar passista de escola de samba na Baixada Fluminense. Raul também abandona todos mais uma vez, adota a identidade de Bruno Biondi para tentar dar o golpe nas irmãs Ferretto, em busca da Próxima Vítima. Sílvia recupera tudo o que perdeu, faz alguns programas de humor, mas acaba virando a dondoca Theodora de Salsa e Merengue. Quem a acompanha é a Dona Ashima, que após uma breve passagem pela favela da Portelinha, acaba como empregada de Theodora e atende pelo nome de Sexta-feira. Desgostoso com tudo, o velho Cadore vai pra Itália e vira o Padre Olavo de Terra Nostra. A Dona Cidinha vira traficante, disfarçada de simpática vendedora de ambrosia para um tal de João Estrela.


A turma da Lapa não podia ficar de fora. Com o sumiço do Tarso, o Dr. Castanho fecha a clínica, se separa da Suellen e vira caminhoneiro ao lado do Fagundes. A Norminha vai abandonar o Abel e vai trabalhar como Diarista para ganhar a vida, após passar muito trabalho como mãe de dupla sertaneja. O trambiqueiro César se muda para O Clone e vira Mohamed Rachid para tentar dar o golpe. Ilana fica sozinha, pobre a acaba se tornando uma Noiva de Copacabana. Camila volta da Índia mais destrambelhada do que foi e acaba se assumindo Rakelli.


Para terminar, Yvone foge da cadeia, se muda para Torre de Babel e assume a identidade de Celeste, se casando com um milionário. Chiara faz outra plástica para rejuvenescer ainda mais e viver a poderosa Jocasta Silveira em Mandala. Duda vai chorar em Senhora do Destino e o Lucas volta a fazer propaganda das Havaianas, após um estágio como peão Dinho. A Gabizinha e a professora Rute voltam pro Vídeo Show pra tentar levantar a audiência. O Gopal cai nas graças do Sílvio Santos e vai para a Casa dos Artistas, mas segue passando o rodo na mulherada.


E todo mundo quer saber sobre o castigo da Surya né? Deixei para o fim de propósito. Após ser expulsa da casa dos Ananda, ela vai virar mulher de traficante. Mas o maior castigo dela ainda está a caminho. Na verdade o Zeca vai fugir da cadeia e vai embora pra Índia. Lá, vai comprar um Tuc-tuc para aterrorizar o povo do mercado. Vai acabar atropelando Surya que cairá no rio Ganges.


Ou seja, serão muitas emoções. HARE BABA!


Falei!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O pior dos males

Um dos motivos que me levam a odiar o inverno é a quantidade de doenças que esse tempo frio e úmido traz. Aqui no RS, entre junho e setembro, as pessoas se dividem em dois grupos: as que já ficaram doentes e as que ainda vão ficar.

Rinite, sinusite, gripe normal, gripe suína, otite, cistite, pneumonia, tosse, espirros, dor nisso, dor naquilo... enfim, a variedade é grande. Mas para mim não há sofrimento pior do que o da amigdalite.

Engana-se redondamente quem pensa que amigdalite é uma simples dor de garganta. Não. É a pior das dores, simplesmente porque ela se manifesta várias vezes por minuto, no simples ato de engolir a saliva. Dói também para comer, beber e até para falar. Essa é a pior parte.

É lógico que estou com amigdalite, por isso o desabafo. Mas ao contrário do que muitos pensam, não me tornei um ser antisocial, um mal educado nem tampouco estou mal humorado, só estou com muita dor para falar. Se eu pudesse, andava com um bilhetinho: "Não estou de mau com o mundo, só estou com amigdalite!"

E qual o melhor medicamento para enfrentar a amigdalite? É uma injeção chamada Benzetacil, que deixa uma nádega e uma perna doloridas por alguns dias. O pior é que enquanto esse medicamento não faz efeito completo, tu tens que dividir a dor na garganta com a dor na bunda.

É por essas e por outras que eu considero a amigdalite o pior dos males. E é por isso que estou na contagem regressiva para a primavera e o verão.

Falei!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Um mundo virtual

Não sou um velho, mas sou da década de 80. Cresci sem celular e sem computador em casa. Por sinal eu tinha uma máquina de escrever Olivetti verde, que utilizava para os trabalhos escolares que podiam ser entregues datilografados. Sim, a maioria tinha que ser escrito a mão mesmo, em folhas de ofício ou em folha pautada, aquelas com linhas. Na hora de fazer uma pesquisa, tinha que folhar a Barsa, enciclopédia com diversos volumes pesados. Nem imaginava o que viria a ser o Google.

Mas a informática entrou na vida da gente de uma forma muito rápida. Computador, internet e tudo mais chegaram chegando no final dos anos 90. Me lembro também que tive meu primeiro celular em 1999, quando surgiu o telefone pré-pago. É lógico que a primeira pergunta para o vendedor era onde enfiava o cartão... quanta grossura! Na época o celular servia para fazer e receber ligações, despertador, agenda telefônica e jogar o joguinho da cobra que ficava correndo e crescendo na tela. Só. Nada de torpedo, foto, rádio ou internet.

Quando ingressei no mundo da internet, criei um e-mail do BOL e um cadastro no ICQ, que é o vô do MSN. Depois descobri os sites de notícia, de música e de jogos
. Antes de realizar pesquisas no Google, a moda era procurar no Cadê.

Sempre fui meio resistente ao turbilhão de novidades que começaram a surgir num intervalo de tempo muito pequeno. Relutei em trocar o Cadê pelo Google. Demorei meses para entrar no Orkut porque achava aquilo um saco. Entrei e lá estou por seis anos. Blog eu achava um modismo besta. Até que em maio deste ano eu criei este espaço que virou um hobbie: sentar e escrever o que me vem a cabeça.

Daí veio a notícia do tal Twitter, que eu não entendia muito bem o que era e já não gostava. Mas no último fim de semana resolvi dar uma conferida. No momento que entrei e postei uma mensagem falando que tava chegando, já recebi uma mensagem me alertando que aquilo viciava. E vicia. Desde sábado que tenho "twittado" várias horas do dia, inclusive do celular, que 10 anos depois do meu primeiro aparelho, hoje faz quase tudo, só não caminha.

Mas essa dedicação de horas ao Twitter me fez postar menos no Blog. Quando criei o Blog, dei uma relaxada com o Orkut, que por sua vez, me fez mandar menos e-mails, ou substituir por scraps.

Tudo isso é muito louco, pois a informática realmente está ocupando todos os espaços da vida da gente. E cada dia surge uma nova ferramenta que vira febre e já nos faz largar um pouco o canal anterior. O Twitter foi a minha melhor companhia dos últimos dias.


Tem quem seja radicalmente contra ou os que acham que isso é papo de nerd e de solteirão, mas o que seria de nós sem a informática? Jamais conheceríamos figuras que se tornaram tão conhecidas como a Ruth (Sanduíche-íche) Lemos, a Gaga de Ilhéus, a Susan Boyle ou a Stefany do Cross Fox.

Ninguém saberia que a Sasha foi alfabetizada em inglês, e por isso comete erros de português, e que a Ana Maria Braga, que foi alfabetizada em português, escreve usar com "z".


A cantora Vanuza jamais viveria esse auge da sua carreira, com a interpretação mais entorpecida do Hino Nacional. Ouvi dizer até que ela vai lançar um novo CD somente cantando músicas cívicas...

Mas enfim, essa informática que absorve, fascina e até vicia, mudou complemente o mundo. Nada será como antes da internet.

Falei!
ou melhor,
Postei!