quinta-feira, 30 de julho de 2009

Esse frio

Entendo que tenham muitas pessoas que gostem do inverno, que amem essa estação e que são capazes de passar horas argumentando a favor do frio. Mas fala sério, tá demais!

Se de um lado é bom para se vestir, para comer e namorar, para o resto todo é péssimo. Passar frio é horroroso, sair de casa com temperaturas em torno de 5º é uma tortura. Isso sem falar nas doenças típicas do inverno, que sempre existiram, mas que em tempos da nova gripe H1N1 tudo se transformou em pânico.

As notícias são de que esse é o inverno mais rigoroso das últimas décadas aqui no Sul do Brasil. Se é o mais, eu não sei, mas que tá foda, isso eu tenho certeza.

Não aguento mais! Tô na contagem regressiva para o verão, quando todo mundo é mais feliz.

Falei!

sábado, 25 de julho de 2009

Transa informatizada

Escutei uma propaganda no rádio de um motel, anunciando que todas as suítes contam com rede Wireless de acesso à internet. Mas fico me perguntando, as pessoas vão num motel para que mesmo? Será para ficar navegando na internet?

Chega a ser cômico o quanto a informatização está ocupando todos os espaços. Em tempos de Twitter, o microblog onde as pessoas relatam tudo que fazem, suponho que logo teremos relações sexuais narradas em detalhes.

Era só o que faltava. Cada macaco no seu galho! Ir para o motel para ficar na internet é um pouco demais.

Falei!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Férias do futebol

Acabei de tomar uma decisão: estou entrando em férias. Do futebol. Isso significa que enquanto as coisas não mudarem, não vou mais escrever sobre o assunto, nem perder horas em frente à televisão para assistir o jogo e muito menos ir ao Beira-Rio pegar frio para ver o Inter jogar.

Essa semana escrevi um post desabafando sobre a situação do Inter, me posicionando sobre a crise. Encerrei com duas boas notícias, de que o Nilmar não seria vendido e de que o Fernandão estaria voltando. Agora fico sabendo que nem isso, pois tudo indica que o Nilmar vai e o Fernandão não vem. Me tirem os tubos!

Para piorar, li na Zero Hora o Fernando Carvalho reconhecendo que o Inter esteve mais ofensivo no segundo tempo do jogo contra o São Paulo, que depois de levar o segundo gol passou a pressionar. Olha, eu fui ao Beira-Rio, mas pelo visto não assisti ao mesmo jogo que o nosso dirigente. O que vi foi um time no primeiro tempo - ofensivo, que jogou pra frente e criou oportunidades, tanto que marcou dois gols - e outro no segundo - apático, retrancado, com modificações tardias e que levou dois gols.

Quanto ao Tite Dalit, o "intocável", o vice-presidente Carvalho inaugurou uma nova forma de estabilidade. Agora não precisa mais ter o resultado do próximo jogo para dizer que ele fica, já é anunciado por antecipação. Sim, o nosso dirigente já anunciou que mesmo que o Inter perca para o Botafogo, o Tite permanece. Baita motivação. É o melhor patrão do mundo. Não precisa de resultado. Até o fracasso antecipado é motivo de segurança. Segue firme como o Sarney.

Então tomei essa decisão. Vou curtir meu fim de semana com tranquilidade, dar uma lida, assistir alguns filmes, tomar um mate na Redenção e apreciar a paisagem desse inverno pra lá de rigoroso.

Quanto ao futebol, vou fazer que nem o Tite Dalit aí na foto ou nos momentos mais tensos dos jogos: ficar de braços cruzados.

Falei!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Preconceito com espirros

O Ministério Público do Trabalho lançou uma campanha publicitária que espalhou anúncios e outdoors por Porto Alegre, condenando o preconceito contra homossexuais, negros, deficientes e portadores do vírus HIV. Louvável iniciativa. Mas eu gostaria de lançar outra campanha, contra o preconceito aos que sofrem de rinite alérgica. Explico o motivo.

Sofro de rinite e no inverno a situação é crítica. Qualquer pelinho de roupa, de lã ou qualquer outro dos milhares de acessórios que somos obrigados a utilizar para nos aquecer que entra no nariz provoca uma crise de espirros. No meu caso, são séries entre 10 a 20 seguidos, várias vezes ao dia. Só que em tempos de H1N1, onde o pânico da nova gripe se espalhou, as pessoas passaram a ter medo de quem espirra.

Dia desses eu estava no aeroporto de Porto Alegre, onde a maioria das pessoas circula de máscara. Como cheguei muito cedo, sentei-me numa poltrona em frente à TV, ao lado de dezenas de pessoas. Foi só começar a sucessão de espirros para as pessoas se levantarem rapidamente. Abriu um clarão ao meu redor. Constrangido, levantei e saí do lugar.

É engraçado, mas igualmente constrangedor. Ninguém está livre da nova gripe, mas no meu caso é só rinite mesmo. Muita calma nessa hora! Quem tem rinite não pode ser discriminado!

Falei!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O clube de um lado só

Eu sei que eu falo demais de futebol. Até eu me irrito comigo mesmo. Mas o que posso fazer se sou fanático e muito crítico? Tenho que externar minhas opiniões, afinal foi para isso que criei esse blog.

Bom, acordei com a notícia de que o Muricy Ramalho foi contratado pelo Palmeiras. Fiquei frustrado, pois acho que o Inter perdeu a chance de contratar um grande treinador e, com isso, dar uma movimentada, avançar. Que fique claro que não tenho nada pessoal contra o Tite - apesar de saber que ele é gremista, o que todo mundo sabe - mas acho que o trabalho dele deixa a desejar, em especial pela falta de atitude. Quero ganhar, independente do treinador. Sou colorado e não "Titista", "Muricista" ou qualquer outro "ista" que possa existir.

Mas a notícia do Muricy me fez pensar melhor e me dei conta que o meu sonho e de tantos outros colorados de que ele retornasse ao Inter não passou de uma baita ilusão. O Muricy não serve ao Inter. Quem serve é mesmo o Tite. E explico o motivo.

É inegável os méritos do grupo que dirige o Internacional nos últimos anos, liderados por Fernando Carvalho e Vitorio Píffero. Foi essa direção que nos levou às maiores conquistas da história. Incontestável. Só que essa senda de vitórias acabou esmagando a oposição e qualquer voz divergente no colorado. Ninguém contesta a direção, o futebol, o treinador, o time. A direção é quem manda e ponto final. O Inter tornou-se um clube de um lado só, de uma única opinião, sem espaço para o contraditório.

Isso não é bom. Quero deixar claro que na condição de sócio sou eleitor da atual direção. Mas uma oposição atuante e com voz faz bem para o clube. Em qualquer processo é assim. Não quiseram o Muricy porque ele é a autoridade maior do time que comanda. A voz do vestiário é a dele. Ele decide. Mas daí abriria espaço para divergência, o que causa calafrios na direção. Com o Tite está tudo sob controle, pois ele é influenciável, atende às ordens da direção.

Só que essa estreiteza de visão está sendo prejudicial ao Internacional. Começamos o ano como um dos favoritos a ganhar tudo que disputássemos. Fizemos uma campanha invejável no Gaúchão, chegamos à final da Copa do Brasil, disputamos a Recopa e liderávamos o Brasileirão. Só que a maionese começou a desandar, perdemos duas finais para o Corinthians e para a LDU e o discurso foi que a prioridade era o Brasileirão. Só que por ali as coisas começaram a não dar tão certo também e ontem ouvi uma entrevista do capitão Guiñazu dizendo que ainda estamos no G4 e por isso não há crise.

Se não há crise, há um conformismo muito grande. Se há pouco queríamos ser campeões de tudo, agora aceitamos estar no G4, daqui a pouco podemos estar felizes por não sermos rebaixados.

Não entendo, mas a quem agrada isso? Quem tem a ganhar com isso?

Não quero liderar nenhuma campanha contra a direção, mas acho que tá na hora de acender as lamparinas do juízo lá para os lados de Beira-Rio. Queremos ser campeões, isso que importa, independente de quem manda, de quem decide, de quem treina. O mérito deve ser colorado.

Mas para não dizer que não falei de flores, duas boas notícias: parece que o Nilmar fica no Inter e que o capitão Fernandão está voltando. Que assim seja!

Falei!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Volta Fernandão

A notícia da suposta recisão de contrato do jogador Fernandão com o Al-Gharafa, do Catar, tem sido comentada. Na minha opinião, timidamente.

A primeira informação que recebi foi que o Inter não teria interesse em trazer o capitão de volta. Depois vi que a chance era pequena e por último que o clube avalia as condições. Mas tudo sempre cheio de "senões", falando do salário do jogador, do seu condicionamento físico ou da falta de espaço na atual equipe.

Acho isso inadmissível, um desrespeito com o jogador e com o torcedor. Duvido que qualquer pesquisa que fosse realizada com os colorados não teria um resultado com índices acima de 80% favoráveis ao retorno do nosso capitão. Se ele não rescindir o contrato ou se for para outro time estrangeiro, foge do nosso alcance. Agora vacilar e permitir que ele seja contratado por outro time brasileiro seria um escândalo.

Eu defendo e lidero uma campanha para que essa seja a prioridade número um do clube, não só por ser fã do jogador e considerá-lo o maior ídolo da história colorada, mas por uma série de fatores. O maior é que ele é colorado, isso é inegável. Sua dedicação, paixão e identidade com o Inter são incontestáveis. Outro grande motivo é que desde a saída do Fernandão que o Internacional está carente de um líder, alguém que seja a palavra motivadora, que organize o time dentro e fora de campo. Mesmo quando não estava numa fase de boa atuação, a simples presença do Fernandão em campo mudava o jogo. Ele conversa, organiza, dá ordens, puxa as orelhas, afaga, enfim, lidera o time. Por isso que ele deve voltar a vestir a camiseta colorada como jogador e futuramente como treinador, presidente...

O Inter precisa disso. Independentemente de qualquer outro aspecto, a volta do Fernandão é uma vitória para o Internacional.

Falei!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ditadura gaúcha

Impressionante as cenas de como acabou um protesto de sindicalistas em frente à casa da governadora Yeda Crusius, hoje pela manhã. A tropa de choque da polícia foi pra cima dos manifestantes e prendeu alguns líderes. Seria cômico se não fosse trágico. No estado que convive com uma nova notícia de corrupção a cada dia protagonizada pelos governantes, mandam prender quem se manifesta contra. Eu achei que a ditadura já havia acabado no Brasil.

Mas o mais chocante foi a entrevista que a governadora Yeda deu na Gaúcha, chamando os professores de "torturadores de crianças", tudo porque tiraram o sossego dos seus netos. Bom, os ricos netos da governadora são torturados pelo barulho, mas e aquelas centenas de crianças que estão estudando em escolas de lata, que ficam como um freezer nesses dias frios? Esses sim estão sendo torturados, governadora, até porque o que era para ser uma política emergencial se tornou permanente.

E quanto a legitimidade do protesto, só pode ser contestada pelos saudosos da censura, os contrários à liberdade de expressão. Ah, mas os vizinhos do bairro de classe média alta em que a governadora mora nada tem a ver com isso. Claro que tem, eles também pagam impostos e também podem ter sido vítimas do engodo que foi a compra daquela casa, que até hoje não se sabe de onde realmente veio o dinheiro. Pode ter sido do meu bolso, do bolso deles...

Lamentável episódio. Lamentável governo.

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Mudança de ânimos

Os jogos da rodada mudaram os ânimos e deram uma incendiada na semana do Grenal do Centenário. Nada definitivo, mas o certo é que a motivação ficou diferente. O Grêmio que vinha de uma boa fase, sentiu a derrota. O Inter, que anadava abatido pela sequência de jogos ruins, ganhou novo fôlego. A disputa de domingo promete.

Esquema tático

Continuo crítico ao técnico Tite, mas acho que ele finalmente teve atitude ao dar uma mexida no time. Ainda tenho dúvidas sobre o 3-5-2 adotado contra o Fluminense, pois ainda acho a defesa vulnerável, mas é inegável que a entrada do Sorondo deu uma nova qualidade ao time. Além disso, o banco pode ter feito o Taison se munir de forças para voltar a ser o Taison de sempre.

Não acho que está tudo perfeito, mas melhorou, isso é bom.

Quanto ao D'Alessandro, que acabou forçando a troca no meio de campo, acho que o afastamento serve para ele melhorar e voltar 100%.

O que não dá para aceitar é essa punição absurda ao argentino. Tudo bem que ele é esquentado mesmo, mas ele não chegou a bater em ninguém. Chamou pra briga, mas ficou na intenção. Vejo tanto jogador dar uns carrinhos criminosos, entradas violentas e ficar tudo por isso mesmo. Agora, como é um jogador do Inter, a punição foi severa, contada em dias, interfirindo nas outras competições. Mas no Brasil é assim, dois pesos e duas medidas.

Falei!

domingo, 12 de julho de 2009

Tia Zu

Quem já foi ao carnaval de Salvador pelo menos uma vez deve ter conhecido essa figura simpática. Da sua sacada, ali na Barra, a Tia Zu curtia a folia, sempre esbanjando alegria com os blocos que passavam. Todos os artistas mandavam um alô para ela do alto do trio elétrico, sempre recebendo como retorno muita demonstração de carinho e alegria.

Pois fiquei sabendo que essa foto aí, que tirei na terça-feira de carnaval desse ano, foi do último dia de folia da Tia Zu. Essa semana, aos 97 anos, ela partiu. Tenho certeza que vai faltar algo nos próximos carnavais, mas não tenho dúvida de que onde ela está vai fazer folia também, quem sabe na companhia de Dodô, Osmar e tantos outros.

Muito axé Tia Zu!

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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Disputa de vaidades deixa Porto Alegre sem comando

O que vou escrever aqui não é análise, palpite ou achismo. É informação que vem de dentro do Paço Municipal. O problema administrativo de Porto Alegre está no conflito de vaidades para saber quem realmente governa a Capital gaúcha.

O secretário de Gestão, Clóvis Magalhães, tornou-se uma espécie de primeiro ministro desde a saída de César Buzatto. Nos bastidores, o chamam de prefeito, tamanha sua influência. Nenhuma decisão é tomada sem o aval de Magalhães.

Mas veio a eleição e José Fortunati foi eleito vice-prefeito. Com experiência administrativa e política, Fortunati tentou ocupar espaço na administração. Deram para ele a tal Secretaria da Copa, para ocupar o vice com assuntos relativos ao evento e deixar as demais pautas sob responsabilidade de Magalhães. Só que caiu a ficha que a Copa precisa mobilizar todas as áreas da administração, já que a cidade vai ter que passar por diversas transformações para receber o evento. Daí começou a disputa de vaidades nos bastidores, já que o todo poderoso Clóvis Magalhães não quer perder o controle de nada. Estão batendo cabeça. Ninguém se entende.

É por isso que não há posicionamento oficial sobre o Pontal do Estaleiro, sobre o horário das mesas de bares na rua ou qualquer outra polêmica. Agora até os assuntos relativos à Copa estão no centro do conflito.

Daí a população pode perguntar, e o prefeito Fogaça? Pra variar está em cima do muro, não decide nada, não manda nada e não toma partido sobre nada. É uma mera figura decorativa da administração municipal. A Rainha da Inglaterra, certamente, tem muito mais influência do que ele.

Falei!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Alô Fernando Carvalho! Alô Vitorio Piffero!

Alguém no Beira-Rio já foi avisado que o Muricy Ramalho está desempregado?

É bom ter pressa, pois ele ficou de dar resposta ao Palmeiras nessa sexta-feira... de repente esperando um contato de Porto Alegre.

Espero que a apatia do time e do treinador não tenham afetado a direção. Que esses tenham a agilidade que todo verdadeiro colorado espera e anda carente.

Chega! Gauchão até o Celso Roth ganhava.

Falei!

29 anos sem Vinícius

Ele era diplomada, jornalista, dramaturgo, poeta e mais um monte de coisas. Mas Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes, o "Poetinha", era mesmo um boêmio, mulherengo (casou-se nove vezes), apaixonado por uísque e um gênio que imortalizou uma obra fantástica.

A parceria com o também imortal Tom Jobim descreveu o Rio de Janeiro em versos que são vividos em cada lugar da Cidade Maravilhosa. Não tem como não pensar na "moça do corpo dourado do sol de Ipanema", conhecida no mundo todo.

Mas talvez o verso que melhor descreva o grande Vinícius foi escrito por ele mesmo, em Samba da Benção, onde ele diz que "é melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe, é assim como a luz no coração..."

Pois há 29 anos que o coração do mestre Vinícius de Moraes parou. Mas seu legado é eterno. E já que "tristeza não tem fim, felicidade sim", o negócio é comemorar o grande Vinícius.



Falei!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A regra, infelizmente, é clara

Falar que o futebol é uma paixão nacional é chover no molhado. Que o Brasil é o maior formador de craques do mundo também. Seria uma novidade se existissem regras que deixassem nossos jovens jogadores no país. Mas não é assim. O país do futebol cumpre o calendário da Europa.

Está para se confirmar a qualquer momento a venda do atacante Nilmar para o Wolfsburg, da Alemanha. É um negócio de 15 milhões de euros, algo em torno de 40 milhões de reais. Isso quer dizer que a final contra a LDU, no Equador, pode ser a última partida do jogador com a camisa colorada da foto acima.

Sim, estamos no meio da temporada brasileira e o Nilmar é o principal atacante do time que lidera o Campeonato Brasileiro. Nada de errado, portanto. O erro está na falta de uma lei ou regra que incentive os jogadores a ficarem no Brasil, que proteja nossos craques. É claro que eles merecem ter a chance de jogar na Europa e ganhar dinheiro, mas aposto que se conseguíssemos proteger melhor nossos jogadores eles seriam mais valorizados aqui.

Todo mês de julho é a mesma coisa. Os melhores daqui se vão. A regra, nesse sentido, é clara. Infelizmente.


Falei!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A necessidade de ser engraçado

Dia desses fui assistir a uma peça de humor. Saí do teatro tendo somente sorrido durante alguns minutos. O coitado do ator - era um monólogo - até que era esforçado, só faltou ser engraçado.

Mas daí fiquei pensando, por que tem tanta gente querendo ser engraçada? Talvez tenha alguma coisa a ver com esse monte de notícias ruins e tristes que recebemos diariamente. As pessoas então acham que fazendo graça, vão conseguir distrair as estressadas cabeças brasileiras por alguns instantes. Em muitos casos até acontece, mas também há muito fracasso.

Fico um pouco preocupado, pois sou um entusiasta do teatro. Mas fico pensando naquela pessoa que paga o ingresso para ver um humor, vê aquela tentativa frustrada e acaba desistindo do teatro.

Por isso quero abrir uma campanha contra a banalização do humor. Quando a pessoa é engraçada, ela é. Até contando piada velha fica engraçado. Mas quando a pessoa não é, por favor, não force a barra. Faça um drama, um romance, um suspense ou o raio que o parta, mas deixe as comédias para os engraçados, que são muitos.

E quanto à peça que vi, não vou falar qual foi. É uma regra do teatro: quando gostamos de uma peça, indicamos, quando não gostamos, simplesmente ficamos quietos.

Falei!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Falando sério

É difícil para um colorado tão apaixonado como eu se posicionar de forma imparcial sobre futebol. Mas vamos falar sério, o sonho acabou para os dois principais times do Rio Grande do Sul. Na verdade, ambos foram chamados de volta à realidade, para colocar o pé no chão e se conscientizar sobre o atual momento.

Vou começar pelo meu Inter. Fizemos uma campanha impecável no Gaúchão, ganhando o título de forma invicta e em uma final histórica, com placar de 8 x 1 sobre o Caxias. Fomos avançando na Copa do Brasil, apesar de um tropeço lá no início, e nos mantivemos muito bem no Campeonato Brasileiro, o qual dividimos a liderança com o Atlético Mineiro na oitava rodada.

Mas eis que o Dunga convoca o Kléber e o Nilmar para a Seleção e a maionese desandou. Começamos a assistir a um time apático em campo, com um série de falhas tanto na defesa quanto no ataque. Olha, um time que realmente disputa ser o melhor do Brasil, não pode ficar dependendo somente de um ou dois jogadores. A equipe tem que estar coesa e o banco tem que estar tão preparado quanto os titulares. Precisa dessa sintonia e, principalmente, precisa de liderança. Nesse sentido acho que o nosso técnico é falho. Não me conformo em ver o treinador de braços cruzados na beira do campo no momento em que o time por ele liderado leva dois gols sem reagir, num momento em que precisa fazer cinco.

Não deu outra, perdemos a Copa do Brasil. É evidente que eu não queria perder, ainda mais para o Corinthians. Mas não dá para negar que o time paulista mereceu, simplesmente porque jogou melhor nas duas partidas da final. Mas esse título que escapou por entre os dedos serve para arrumar a casa, para se ter a humildade de reconhecer os erros e consertá-los para fazer bonito no Campeonato Brasileiro, que ainda tem 30 partidas até dezembro.

Com o Grêmio eu acho que a situação é um pouco pior. O time focou na Libertadores. Qualquer um faria isso. Só que não ficou atento aos sintomas da catástrofe. A quase imperceptível passagem pelo Gauchão, além do fraco desempenho no Brasileirão, eram sinais de alerta ignorados pelos gremistas. Só pensavam no tal tri da Libertadores, mas não se dando conta de que se tratou de uma competição atípica, com um monte de times de nome estranho que ninguém tinha ouvido falar até hoje, clubes mexicanos eliminados por conta da gripe e o Boca Juniors desclassificado por antecipação. Não deu outra, quando se deparou contra um time realmente forte, o Cruzeiro, caiu a ficha gremista.

A verdade é que o Grêmio não conta com um bom time. Teve sorte em muitos jogos e nas circunstâncias, além de algum momento de destaque dos talentos individuais. Mas focaram todo o semestre numa única competição e acabaram perdendo o semestre. Agora têm que correr atrás do prejuízo no Brasileirão, além de ter que arrumar a casa de verdade, pois não dá para tapar o sol com a peneira. O time do Grêmio é frágil e, se continuar assim, os gremistas podem começar a se preocupar, pois há risco de voltar para aquela divisão que já estiveram duas vezes: a segundona.

Mas como não poderia deixar de ser, preciso encerrar tocando uma flauta. Afinal de contas, quarta-feira recebi tantas ligações, mensagens e e-mails que não poderia deixar de responder, mas é claro, com a grandeza de quem sabe esperar o momento certo de retrucar:

Falei!

quinta-feira, 2 de julho de 2009