terça-feira, 11 de maio de 2010

Tamo junto Dunga!


Quando o Dunga foi escolhido técnico da Seleção, logo após aquele fiasco de 2006, tive todas as dúvidas se daria certo. Mas como torcer pela Seleção não é, ou pelo menos não deveria ser, uma questão ideológica, mas sim de patriotismo, continuei torcendo pelo Brasil e, logo, pelo Dunga.  Não adianta, independente de quem for o técnico, vamos torcer pela Seleção. Essa é uma regra no país do futebol.

Só que o Dunga foi mudando a minha opinião, subindo no meu conceito. Pela primeira vez na história desse país a roupa de um técnico da Seleção virou tema de debate nacional... e ele foi segurando no peito a pressão desse emprego com 190 milhões de chefes, muitos implacáveis na rigidez. E a resposta deles veio com vitórias. Pronto! Me ganhou.

Chega a tal convocação para a Copa, aparecem milhares de suposições e o técnico faz seu anúncio. Foi dada a largada para o festival de palpites, acusações e ofensas. Os jornalistas esportivos chegam ao cúmulo de transformar uma entrevista coletiva em sabatina, tentando apertar o técnico para saber por que não convocou esse ou aquele que eles preferiam.  Só faltou fazer o que fizeram com o Felipão, que quase foi agredido na rua porque não convocou o Romário, lembram? 

Ele respondeu com um título. É claro que não depende só do técnico, mas nesse emprego meu amigo, ninguém pensa em errar. Quem quer que seja, eu vou torcer junto, tentar entender as escolhas e apoiar. Se é um cara de personalidade e coragem que nem o Dunga, e era o caso do Felipão também, acho que essa pressão só faz aumentar a empolgação e vontade de acertar.

Juro que não é bairrismo, mas estou confiante. Pelo Dunga. Pelo título. Pela Seleção.

Falei!

domingo, 9 de maio de 2010

Homenagem à minha mãe


Sou um aficionado por seriados. Gosto muito mesmo e se não me cuidar fico o dia todo trancado em casa assistindo episódios em sequência. Um dos meus favoritos é o Brothers and Sisters, que relata a história de uma família de cinco filhos, cada um de um jeito, cada um com sua história. O principal elo que os une e lidera o clã Walker é a figura da mãe, Nora, brilhantemente interpretada por Sally Fields. É essa viúva de aparência meio frágil mas de personalidade absolutamente forte quem administra e mantém viva a chama de família.

Na verdade, a personagem de Nora Walker só retrata a figura mais sensacional que existe no mundo que é a mãe. Trata-se de pessoa que gera a vida, que tem a divina missão de ceder o seu corpo para o desenvolvimento dos filhos e depois, na maioria das vezes, dar a vida por esses. Conheço grandes exemplos de mães na vida real, mas quero pedir licença para homenagear a minha.

Desde muito cedo – desde sempre, eu diria – coube à minha mãe a responsabilidade de administrar sozinha uma família. Durante sete anos fomos somente eu e ela. Depois veio a Duda. É claro que durante alguns anos, ela foi casada, mas mesmo quando tinha o marido em casa, ela sempre foi a chefe de família. Por isso mesmo sempre trabalhou muito, às vezes em dois, três empregos. Isso fazia com que ela ficasse muitas horas fora de casa. No entanto, jamais vou esquecer do barulho do seu salto chegando em casa. Eu reconhecia de longe que era ela e é impressionante o quanto isso me trazia segurança. Ela podia estar cansada, mal humorada ou simplesmente sem querer muito assunto, mas o fato de ter ela por perto era muito confortante.

Não há um momento exato na vida que eu possa descrever como o mais marcante da minha relação com a minha mãe, mas com certeza sei o mais difícil, que foi quando senti que havia possibilidade real de perdê-la. Foi um episódio muito difícil, em que pela primeira vez vi aquela fortaleza fragilizada. Tive que ser chamado à responsabilidade de liderar interinamente a família, em outra cidade, com uma irmã adolescente e minha mãe com câncer. Felizmente vencemos aquela etapa que com certeza nos deu um outro sentido para a palavra família.

Mas é assim, de momentos bons e ruins que se constituem as histórias de vida. Eu tenho orgulho da minha, em especial por ter sido liderada por uma mulher tão forte e determinada quanto a minha mãe. Ela é a protagonista da nossa história, elo que nos une e sem o qual nada seria possível.

Que bom ter uma mãe! Que bom ter a minha mãe!

Falei!