sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tirem as crianças da sala

 
Gosto muito de televisão. Muito mesmo. É claro que tenho meus programas preferidos, mas gosto de ver um pouco de tudo, até para ter opinião. Acho um saco as pessoas que simplesmente não gostam de determinado programa sem nunca ter visto.

Eu gosto do Big Brother Brasil. Desde a primeira edição acompanho, umas mais, outras menos, mas vi todas. Sei que tem uma galera que acha uma grande bobagem, uma alienação, coisa de pessoa fútil. Podem achar o que quiser. Eu gosto, assisto e admito. Acho mais interessante me envolver com a história de personagens reais do que com novelas, por exemplo.

Essa décima edição foi uma surpresa. Pegou até os mais entendidos do programa de supetão. Uma das novidades foi a entrada de dois ex-BBBs. Um deles já causou polêmica na outra vez que esteve no programa. Dessa vez não foi diferente, o Marcelo Dourado já entrou causando.

Só que existe uma diferença agora. A 10ª edição resolveu tratar da liberdade sexual de forma mais aberta, apesar de meio caricata, mas mesmo assim abordou. E se antes era somente um mala, o tal Marcelo Dourado se revela agora um preconceituoso na décima potência, que se não bastasse ter a suástica (símbolo do nazismo) tatuado em seu corpo, passou a fazer comentários homofóbicos. Dia desses a pérola máxima foi comparar a homossexualidade a um arroto.

Enfim, trata-se de uma pessoa absolutamente desprezível e que retrata uma certa parcela da população brasileira. Só que esse tipo de comportamento não pode ser promovido, mas condenado. Não é engraçado, não é educativo e não é correto. O pior é que tenho percebido muita gente esclarecida torcendo para o Dourado porque acha ele engraçado, ou porque ele incendeia a casa.

Francamente galera! Uma coisa é torcer por vilão de novela. Outra, é incentivar e fortalecer vilões da vida real. Vilões sim, pois pessoas com esse comportamento são as que queimam índios, matam gays, batem em mulheres, humilham negros e assim por diante. E essas atitudes não merecem ser popularizadas, mas sim veementemente rejeitadas.

Por isso senhores pais, quando o Marcelo Dourado aparecer na televisão, tirem as crianças da sala. Será mais saudável para elas e para o Brasil.

Falei!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tom e Jerry


Quando eu era criança adorava assistir desenhos na televisão. Na verdade ainda gosto, mas é óbvio que hoje em dia assisto de vez em quando. Eu mudei e os desenhos também. Naquele tempo a sensação era o Pica-Pau, o Popeye, a Caverna do Dragão e o Tom e Jerry. Nada de “Digimons”, “Pokemons” e coisas do gênero. As coisas eram mais inocentes.

Esse final de semana assisti a um episódio do Tom e Jerry, que me inspirou a escrever sobre isso. A eterna briga do gato e do rato é algo genial. Começa que se trata de um desenho mudo, onde o único som é a trilha sonora instrumental. É esse fundo que dá toda a emoção. Os seres humanos não aparecem. Somente as canelas da dona do Tom são vistas em alguns episódios. E o motivo é simples: o mundo ali não é o humano, é dos animais mesmo.

Mas uma coisa que me chamou a atenção agora é que durante toda a vida eu torci pelo personagem errado. Quando criança, eu era fã do ratinho Jerry, sempre muito perspicaz. Outro sinal da inocência. Esse ratinho é uma praga cuja missão é infernizar a vida do gato Tom. Sim, a casa é do Tom, a comida é do Tom, a dona é do Tom... tudo é do Tom, menos a tranquilidade, uma vez que o Jerry não lhe proporciona nem um diazinho de paz. Inclusive eu acho que foi aí que surgiu a expressão “fazer gato e sapato”, pois é exatamente isso que o Jerry faz com o Tom. E o pior é que quase sempre é o ratinho que acaba se dando bem.

Mas saudosismos à parte, Tom e Jerry marcou a minha vida e certamente marcou a vida de muita gente.

Falei!