segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Um domingo perfeito


Amo futebol! Gosto de tudo, do esporte, da magia, do clima, da rivalidade, das opiniões, da paixão. Mas gosto mesmo é de torcer. Para mim, funciona como um válvula de escape, aquele raro momento que eu não preciso pensar em mais nada. Fico entregue a um sentimento que me faz esquecer, por algumas horas, que existe mundo além daquilo. E isso me permite gritar, dar palpite, brigar, jogar junto, xingar, sorrir, chorar, ficar triste ou ficar feliz, sempre com muita intensidade.

Mas torcer em qualquer lugar não é que nem torcer no estádio. Lá é a vibração maior, é onde bate o coração de todos os torcedores, os que estão e os que não estão lá. E ir no Beira-Rio toda hora é uma das coisas que me faz ter muitas saudades de morar em Porto Alegre. O Beira-Rio é o lugar onde descarrego minhas emoções. Saio sempre de lá mais leve.

Pois bem, a vida nova de 2011 me fez passar o ano todo sem ir nenhuma vez ao Beira-Rio. Só consegui ir a um jogo. O último do ano. Na minha opinião, é claro, o mais emocionante. Foi bom reencontrar o vermelho, os milhares de braços juntos apontando pro campo e cantando, os gritos, as músicas, as demonstrações mais diferentes de paixão, o grito mais esperado, a festa. Um domingo em que tudo foi perfeito. Nos classificamos para uma competição internacional importante mais uma vez, vencemos o nosso maior rival, o nosso mais guerreiro comandou o espetáculo e ainda marcou o decisivo gol. 

Minha voz ainda não voltou, mas ser movido pela paixão de vez em quando é tão bom. Daí nem precisa falar. A alegria é uma baita forma de comunicação também.

Valeu meu Inter! Tava louco de saudades!

Falei!

Foto: Alexandre Lops