O Senado e a direção do Inter

O que os senadores, os nobres dirigentes colorados e o deputado Sérgio Moraes têm em comum? Estão todos se lixando para a opinião pública. A única diferença entre os três é que somente um assume isso. Os outros dois agem.

Sobre o Senado, não tem mais nem o que falar. É uma vergonha atrás da outra. E não escrevo isso comovido pelo discurso de ocasião do senador Pedro Simon, que em Brasília fala uma coisa e no RS faz outra. Meu sentimento é de revolta com a cara de pau de alguns que são desmascarados e continuam agindo como se nada estivesse acontecendo. Não acho que o afastamento de José Sarney vá resolver os problemas, afinal ACM, Jader Barbalho e Renan Calheiros já caíram da presidência daquele mesmo Senado e a corrupção não acabou. Mas deu, é o fim da linha para o Sarney, por mais que gerações de pessoas com o mesmo sobrenome continuem no poder pelas próximas décadas.

E a direção do Inter chegou ao limite da arrogância. Simplesmente ignoraram a vontade da torcida e nem sequer fizeram uma proposta para ter o Fernandão de volta. Não tem nenhuma desculpa, afinal ele foi contratado pelo Goiás ganhando bem menos do que era anunciado. O que tem é um grupo político que se acha dono do Internacional e não quer dividir a liderança do clube com mais ninguém.

Eu chego a pensar o quanto eu fui injusto com o técnico Tite ao defender veementemente seu afastamento. O Tite não tem culpa de ser apático, morno e gremista. Ele sempre foi assim. O problema está em quem o contratou, em quem lhe dá respaldo e o quer no comando para conseguir manipular livremente. O Tite é simplesmente um boneco de ventríloquo.

Agora ignorar o craque que nos conduziu às maiores conquistas da nossa história num momento de crise, numa fase de ausência de líderes, é um deboche. Muito mais que um desrespeito com o próprio Fernandão, que naturalemente está magoado com o Inter, a direção não podia fazer isso com o torcedor colorado. Eu confesso que esperava um presente melhor no ano do centenário.

Falei!