quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Descontrolada

Após as bombas divulgadas que colocaram a governadora Yeda Crusius e sua turma no banco dos réus, eu confesso que estava ansioso para ouvir a palavra da própria Yeda. Não que eu tenha me surpreendido com o que o Ministério Público revelou, afinal sempre soube que a coisa era pior do que o imaginado, mas para ver a reação da governadora.

Impressionante, mas não sei em que mundo essa mulher vive. Pior, não sei para que tipo de pessoas ela pensa que estava falando quando concedeu a entrevista para a Rádio Gaúcha. A farsa veio a público, a casa caiu, a máscara também, mas mesmo assim ela se diz "tranquila e equilibrada". Só que essas palavras foram pronunciadas num tom de descontrole total. Pior foi se comparar a Anita Garibaldi para responder o porquê fugiu para Canela. Que me conste, Anita foi uma brava guerreira que lutou pelo Rio Grande. Em nada combina a atitude covarde de fugir no momento mais quente da batalha.

Na falta de quem atacar, Yeda acusa o golpe político. Só faltou dizer que os promotores que realizaram um exemplar trabalho são filiados a algum partido político. Na verdade governadora, o que o Ministério Público fez é o mínimo que se espera de quem tem vergonha na cara. Surpreende, é claro, quem sempre tentou desqualificar as denúncias e contou sempre com uma imprensa pra lá de amiga, que nunca deu o devido valor ao que estava sendo discutido. Também impressiona quem tem aliados como o senador Pedro Simon, que em Brasília é um pit bull e aqui no estado é um poodle, inclusive com a família empregada até a semana passada no governo do estado, talvez por um ato secreto... Agora veio um posicionamento isento, sério e de quem tem compromisso com uma coisa chamada justiça.

Se a governadora já não tinha mais condições políticas de continuar governando, eu estou convencido de que ela também não tem mais nenhuma condição emocional. O mínimo que se espera dos governantes é honestidade e sanidade. Nestes dois aspectos, Yeda Crusius está mais que reprovada. Espero que que este trabalho sério da justiça continue em andamento para que a governadora mantenha sua tranquilidade e equilíbrio, talvez em alguma cela do Madre Pelletier.

Falei!

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