No mínimo desproporcional a abordagem do Jornal Nacional sobre dois denunciados pelo Ministério Público por formação de quadrilha. Para um deles foi adotado um tom de editorial, com ampla matéria, divulgação de gravações e explicação minuciosa sobre o esquema. Fizeram ainda uma análise da repercussão da notícia no Brasil e no mundo, como se tivesse sido um dos acontecimentos mais importantes do dia. Para outra, um registro comum.Um dos denunciados se chama Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus e de várias empresas, inclusive da TV Record, que se tornou uma pedra no sapato da Globo nos últimos anos.
A outra denunciada pelo MP é governadora de um dos estados mais importantes do Brasil. Pesam contra a senhora Yeda Crusius os índicios de ter sido beneficiária direta de um esquema que desviou R$ 44 milhões dos cofres públicos, inclusive para compra da mansão em que ela passou a viver após ter sido eleita.
Acho que o Jornal Nacional, bem como qualquer outro canal de comunicação, deve noticiar casos de corrupção, seja contra quem for. O Brasil precisa realmente saber quem está metendo a mão no seu bolso. Mas se espera no mínimo uma equivalência de abordagem. Toda a população - fiéis da Universal ou não, gaúchos ou não - tem o direito de saber das graves denúncias que pesam contra Edir Macedo e Yeda Crusius.
Falei!
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