segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A chuva, o sapo e os gagos

Chuva, chuva e um pouco mais de chuva. Assim foi o fim de semana em Porto Alegre. A água caiu sem trégua sobre a cidade. Isso me fez lembrar de quando eu era criança e uma certa vez ouvi a minha mãe falar "se continuar chovendo, vamos virar sapos."

Me lembro como se fosse hoje o pânico que aquilo me causou. Corri para perguntar para a minha vó o significado da frase. Essa, por sua vez, caprichou nos detalhes para dizer como pessoas viravam sapos em períodos seguidos de chuva, quando as cidades se transformavam em pântanos e daí por diante.


Não sei exatamente o dia em que deixei de acreditar nessa história, assim como não recordo o dia em que concluí que o Papai Noel não existia, mas é muito engraçado as coisas nas quais acreditamos na infância. Somente a inocência de uma criança admite algumas coisas absurdas. Lembro também que eu tinha certeza que quando pegava na mão de um adulto para atravessar a rua o meu corpo era revestido por uma armadura de ferro interna. O anjo da guarda não me acompanharia na escola se eu não arrumasse a cama de manhã e toda vez que eu visse um cigano, tinha que sair correndo, pois eles roubavam as crianças.
Não sei se na era da informática, do celular e do PlayStation, as crianças têm a mesma ingenuidade. Acho que hoje, quando ouvem alguma história dessas, ao invés de perguntar pra vó se a história tem cabimento, a galerinha joga no Google.

Mas a realidade é que se a história da minha mãe sobre os sapos fosse verdade, hoje eu seria verde e estaria pulando por aí. E o Fantástico de ontem iniciou com uma matéria sobre gagos. Um homem revelou que não nasceu gago, mas ficou assim depois de levar um susto com um sapo. Nãooooo!!! Definitivamente eu não quero ser sapo. Além de viver na umidade, ainda corro o risco de disseminar a gagueira por aí.


Ainda bem que parou de chover
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Falei!

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