quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Um mundo virtual

Não sou um velho, mas sou da década de 80. Cresci sem celular e sem computador em casa. Por sinal eu tinha uma máquina de escrever Olivetti verde, que utilizava para os trabalhos escolares que podiam ser entregues datilografados. Sim, a maioria tinha que ser escrito a mão mesmo, em folhas de ofício ou em folha pautada, aquelas com linhas. Na hora de fazer uma pesquisa, tinha que folhar a Barsa, enciclopédia com diversos volumes pesados. Nem imaginava o que viria a ser o Google.

Mas a informática entrou na vida da gente de uma forma muito rápida. Computador, internet e tudo mais chegaram chegando no final dos anos 90. Me lembro também que tive meu primeiro celular em 1999, quando surgiu o telefone pré-pago. É lógico que a primeira pergunta para o vendedor era onde enfiava o cartão... quanta grossura! Na época o celular servia para fazer e receber ligações, despertador, agenda telefônica e jogar o joguinho da cobra que ficava correndo e crescendo na tela. Só. Nada de torpedo, foto, rádio ou internet.

Quando ingressei no mundo da internet, criei um e-mail do BOL e um cadastro no ICQ, que é o vô do MSN. Depois descobri os sites de notícia, de música e de jogos
. Antes de realizar pesquisas no Google, a moda era procurar no Cadê.

Sempre fui meio resistente ao turbilhão de novidades que começaram a surgir num intervalo de tempo muito pequeno. Relutei em trocar o Cadê pelo Google. Demorei meses para entrar no Orkut porque achava aquilo um saco. Entrei e lá estou por seis anos. Blog eu achava um modismo besta. Até que em maio deste ano eu criei este espaço que virou um hobbie: sentar e escrever o que me vem a cabeça.

Daí veio a notícia do tal Twitter, que eu não entendia muito bem o que era e já não gostava. Mas no último fim de semana resolvi dar uma conferida. No momento que entrei e postei uma mensagem falando que tava chegando, já recebi uma mensagem me alertando que aquilo viciava. E vicia. Desde sábado que tenho "twittado" várias horas do dia, inclusive do celular, que 10 anos depois do meu primeiro aparelho, hoje faz quase tudo, só não caminha.

Mas essa dedicação de horas ao Twitter me fez postar menos no Blog. Quando criei o Blog, dei uma relaxada com o Orkut, que por sua vez, me fez mandar menos e-mails, ou substituir por scraps.

Tudo isso é muito louco, pois a informática realmente está ocupando todos os espaços da vida da gente. E cada dia surge uma nova ferramenta que vira febre e já nos faz largar um pouco o canal anterior. O Twitter foi a minha melhor companhia dos últimos dias.


Tem quem seja radicalmente contra ou os que acham que isso é papo de nerd e de solteirão, mas o que seria de nós sem a informática? Jamais conheceríamos figuras que se tornaram tão conhecidas como a Ruth (Sanduíche-íche) Lemos, a Gaga de Ilhéus, a Susan Boyle ou a Stefany do Cross Fox.

Ninguém saberia que a Sasha foi alfabetizada em inglês, e por isso comete erros de português, e que a Ana Maria Braga, que foi alfabetizada em português, escreve usar com "z".


A cantora Vanuza jamais viveria esse auge da sua carreira, com a interpretação mais entorpecida do Hino Nacional. Ouvi dizer até que ela vai lançar um novo CD somente cantando músicas cívicas...

Mas enfim, essa informática que absorve, fascina e até vicia, mudou complemente o mundo. Nada será como antes da internet.

Falei!
ou melhor,
Postei!

Um comentário:

  1. Achei muito produtivo esclarecer que a Sasha, segundo fontes seguras, foi alfabetizada em inglês pelo técnico da seleção africana JOEL SANTANA.

    SUPER BEIJO.

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