segunda-feira, 19 de abril de 2010

Bora Fabito

No Rio Grande do Sul temos uma característica muito marcante que é a rivalidade. É algo que mora dentro da gente e se manifesta em várias situações: nos churrascos de fim de semana, na discussão entre os que preferem o verão ao inverno e vice-versa, entre maragatos e chimangos, na política e, muito especialmente, no futebol. Ou tu é colorado, ou gremista. Não tem meio termo – no máximo uma concessão para um time do interior. E todo bom colorado é anti-gremista. Todo bom gremista é anti-colorado. É assim e ponto.

Foi nesse clima de rivalidade que conheci o Fábio em Brasília. Fomos apresentados por um amigo em comum, o Rafão. Tínhamos muito em comum: ambos estudantes de jornalismo do IESB, gaúchos aquerenciados em Brasília e apaixonados por esporte. Mas essas várias semelhanças foram todas superadas justamente pela maior diferença: eu sou colorado e o Fábio gremista. E foi justamente essa diferença que nos aproximou. Se o Inter perdia no domingo, eu tentava não encontrar o Fábio pelo corredor pra não ouvir aquela flauta. Quando o Grêmio perdia eu nem o via por lá. Nunca fomos grandes amigos, mas essa rivalidade esportiva nos aproximou . Além da flauta e das brincadeiras sobre time, sempre batemos bons papos, sobre futebol ou qualquer outro assunto.

Mas a vida prega peças na gente que pegam todo mundo de surpresa. Acontecimentos que nos fazem questionar tudo e todos. Alguns desistem, se entregam. Outros se fortalecem.

Em 2006, numa festa na casa de um amigo, o Fábio caiu na piscina de mau jeito e ficou tetraplégico. Um episódio absolutamente banal mudou a vida de uma pessoa. Podia ter acontecido comigo, com qualquer um, mas aconteceu com o Fábio Grando. Ele não desistiu. Ao contrário, continuou estudando, formou-se jornalista e continuou torcendo para o seu tricolor. Agora a luta do Fábio é para viajar aos Estados Unidos para fazer um tratamento de fisioterapia que pode ajudá-lo a recuperar alguns movimentos. Só que não é uma luta nada barata.

É por isso que o Fábio e seus incansáveis amigos estão com a campanha BORA FABITO, que trabalha na arrecadação de fundos para custear a viagem e o tratamento dele. Cada um ajuda como pode, doando, divulgando ou inventando moda. Todo mundo que assiste a novela das oito e se sensibiliza com a história da Luciana, pode trazer a emoção da ficção e ajudar alguém da vida real.

Vamos arregaçar as mangas e ajudar esse tricolor com uma força de vontade verdadeiramente imortal.

Depósitos:
Banco do Brasil
Ag: 3596-3 C/C: 9411-0
Titular: Fábio Grando
CPF: 952.076.781-91

Quer conhecer mais sobre a história do Fábio e outras formas de ajudar:

Falei!

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