Desde que o Fernandão saiu do Inter que eu exponho um certo saudosismo. Não só pela figura do nosso eterno capitão de tudo, mas daquela liderança e garra pelo Internacional. Na verdade o Fernandão é o símbolo de uma era de jogadores que colocavam o coração na chuteira. Como esquecer do Clemer, do Iarley, do Sobis e do Tinga?
Mas assistindo ao jogo dessa madrugada, pela Libertadores da América, voltei a sentir aquela emoção ao ver um jogador, o goleiro Pato Abbondanzieri. Ele é argentino, mas não defende um time de alma castelhana. A alma desse time que ele veste a camiseta é gaúcha mesmo, e ele soube compreender isso.
Sei que tem gente que vai dizer que quando o goleiro é o melhor em campo, é porque as coisas não vão muito bem. Concordo. Mas feliz do time que tem um goleiro desses. Ele fez defesas extraordinárias e teve atitude ao argumentar – e reverter – um pênalti que seria a coisa mais injusta do campeonato.
Agora o mais especial foi o fato dele ter se machucado ainda no primeiro tempo da partida e, mesmo assim, não ter pedido para ser substituído. Ao contrário, ele ficou em campo e continuou dando um show. Pato soube compreender que a dor que ele sentia no tornozelo não era maior que o desafio do time, que a responsabilidade que ele tinha.
Deu certo. Pato Abbondanzieri é um dos maiores responsáveis pelo importante empate conquistado nas alturas do Equador. Ainda temos muito a melhorar. Mas o jogo de ontem me faz confiar que estamos no caminho certo.
Falei!
Nenhum comentário:
Postar um comentário